OS BANCOS DE SEMENTES COMUNITÁRIOS NA CONSTRUÇÃO
DOS TERRITÓRIOS DE ESPERANÇA: O CASO DO
ASSENTAMENTO TRÊS IRMÃOS/PB
JULIANO MOREIRA DO NASCIMENTO
O Programa de Mestrado em Geografia da UFPB, Campus I, em João Pessoa, acabou de liberar mais uma safra de importantes trabalhos científicos de uma Geografia da Intervenção. Dessa vez, foi o trabalho do jovem pesquisador Juliano Moreira do Nascimento, que sob a orientação da Profa. Dra. Emilia de Rodat Moreira Fernandes, cumpriu mais essa etapa em fortalecer a base de pesquisa sobre "os Territórios de Esperança". A dissertação teve como banca avaliadora: a Profa Dra. Maria Franco Garcia (UFPB/CCEN - Examinadora Interna); Professor Dr. Marcelo Mendonça (UFG - Examinador Externo) e; Prof. Dr. Belarmino Mariano Neto (DGH/CH/UEPB – Examinador Externo).
O Resumo do trabalho diz que: "A valorização do cultivo de alimentos está relacionada à construção de novos territórios, fortalecidos por diversas culturas locais, em muitos casos, atribuídos a um valor místico, social, histórico, político e econômico.
No Brasil, principalmente no Nordeste, a tradição da estocagem de sementes - hoje reduzida devido às novas técnicas introduzidas pela modernização agrícola - é uma forma de garantia de alimentação em tempos de estiagem e de sementes de qualidade para o plantio na época certa. Esta dissertação objetiva analisar uma forma de resistência camponesa ao processo de dominação do capital na agricultura, o Banco de Sementes Comunitário, através do estudo de caso do BSC do Asentamento Três Irmãos. Para isso, elencamos como objetivos específicos: a) rediscutir as acepções sobre território, desenvolvimento rural e práticas agrícolas sustentáveis, enquanto categorias de fundamentação e análise teórica; b) resgatar o processo histórico de formação territorial do Sertão paraibano à luz do desenvolvimento desigual e combinado do capitalismo no campo; c) recuperar e discutir o processo histórico de construção do território do Assentamento e do BSC Três Irmãos (Triunfo - PB); d) entender a dinâmica social, econômica, cultural e política dos Bancos de Sementes e seus reflexos sobre o território.
O locus da pesquisa foi o Assentamento Três Irmãos, composto por 74 famílias, distribuídas em 06 glebas: Três Irmãos, Mulunguzinho, Saco, Tabuleiro Grande, Croá e Vertente, localizadas na microrregião de Cajazeiras. A escolha desse Assentamento ocorreu devido ao fato dele ter sido o primeiro, no Sertão Paraibano, a desenvolver um Banco de Sementes Comunitário, na década de 1990, sendo o terceiro do Brasil. A metodologia utilizada foi um estudo de caso, de abordagem quanti-qualitativa, com ênfase à segunda. A coleta de dados foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas, depoimentos de agricultores familiares, agentes de ONGs e técnicos, além de observações, visitas de campo e participação em eventos. O trabalho está dividido em quatro capítulos, além da introdução e das considerações finais. Conclui-se que a cultura de estocagem de sementes representa uma forma de resistência aos impactos negativos no campo, causados pelo modelo capitalista vigente; Ademais, contribui para o fortalecimento dos territórios de esperança através da partilha de sementes e dos conhecimentos dos camponeses sobre suas localidades; também, colabora com o resgate de novas e antigas técnicas de produção camponesa que, na
Paraíba, culmina na Festa Estadual da Semente da Paixão".
Aproveitando o seu resumo literal, a dissertação já pode ser lida a partir do link abaixo.
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0BzuVaa1bm0peNWZmNDNkZjktMGU1ZC00OTNkLTlkNjEtZjNkZDc5YzE1ODVh&hl=en
DOS TERRITÓRIOS DE ESPERANÇA: O CASO DO
ASSENTAMENTO TRÊS IRMÃOS/PB
JULIANO MOREIRA DO NASCIMENTO
O Programa de Mestrado em Geografia da UFPB, Campus I, em João Pessoa, acabou de liberar mais uma safra de importantes trabalhos científicos de uma Geografia da Intervenção. Dessa vez, foi o trabalho do jovem pesquisador Juliano Moreira do Nascimento, que sob a orientação da Profa. Dra. Emilia de Rodat Moreira Fernandes, cumpriu mais essa etapa em fortalecer a base de pesquisa sobre "os Territórios de Esperança". A dissertação teve como banca avaliadora: a Profa Dra. Maria Franco Garcia (UFPB/CCEN - Examinadora Interna); Professor Dr. Marcelo Mendonça (UFG - Examinador Externo) e; Prof. Dr. Belarmino Mariano Neto (DGH/CH/UEPB – Examinador Externo).
O Resumo do trabalho diz que: "A valorização do cultivo de alimentos está relacionada à construção de novos territórios, fortalecidos por diversas culturas locais, em muitos casos, atribuídos a um valor místico, social, histórico, político e econômico.
No Brasil, principalmente no Nordeste, a tradição da estocagem de sementes - hoje reduzida devido às novas técnicas introduzidas pela modernização agrícola - é uma forma de garantia de alimentação em tempos de estiagem e de sementes de qualidade para o plantio na época certa. Esta dissertação objetiva analisar uma forma de resistência camponesa ao processo de dominação do capital na agricultura, o Banco de Sementes Comunitário, através do estudo de caso do BSC do Asentamento Três Irmãos. Para isso, elencamos como objetivos específicos: a) rediscutir as acepções sobre território, desenvolvimento rural e práticas agrícolas sustentáveis, enquanto categorias de fundamentação e análise teórica; b) resgatar o processo histórico de formação territorial do Sertão paraibano à luz do desenvolvimento desigual e combinado do capitalismo no campo; c) recuperar e discutir o processo histórico de construção do território do Assentamento e do BSC Três Irmãos (Triunfo - PB); d) entender a dinâmica social, econômica, cultural e política dos Bancos de Sementes e seus reflexos sobre o território.
O locus da pesquisa foi o Assentamento Três Irmãos, composto por 74 famílias, distribuídas em 06 glebas: Três Irmãos, Mulunguzinho, Saco, Tabuleiro Grande, Croá e Vertente, localizadas na microrregião de Cajazeiras. A escolha desse Assentamento ocorreu devido ao fato dele ter sido o primeiro, no Sertão Paraibano, a desenvolver um Banco de Sementes Comunitário, na década de 1990, sendo o terceiro do Brasil. A metodologia utilizada foi um estudo de caso, de abordagem quanti-qualitativa, com ênfase à segunda. A coleta de dados foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas, depoimentos de agricultores familiares, agentes de ONGs e técnicos, além de observações, visitas de campo e participação em eventos. O trabalho está dividido em quatro capítulos, além da introdução e das considerações finais. Conclui-se que a cultura de estocagem de sementes representa uma forma de resistência aos impactos negativos no campo, causados pelo modelo capitalista vigente; Ademais, contribui para o fortalecimento dos territórios de esperança através da partilha de sementes e dos conhecimentos dos camponeses sobre suas localidades; também, colabora com o resgate de novas e antigas técnicas de produção camponesa que, na
Paraíba, culmina na Festa Estadual da Semente da Paixão".
Aproveitando o seu resumo literal, a dissertação já pode ser lida a partir do link abaixo.
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