terça-feira, 12 de março de 2013

As Drogas estão destruindo os laços sociais e familiares



Postado por Heloísa Helena - #REDE 

Amores! Muitos dos meus queridos Amigos sempre me alertam que postagens longas não facilitam leituras e compartilhamentos, mas não me sinto autorizada em ter brevidade técnica em assuntos tão complexos! Assim peço paciência viu?!

Ontem fui convidada para uma importante reunião com Pais e Amigos de usuários de drogas psicotrópicas e vivenciei mais uma vez, nas declarações de muitos, o Desespero diante da brutalidade da dependência química e das crises de abstinência, a Angústia a cada nova recaída, o misto de Tristeza e Amor incondicional nas decisões pela Internação Compulsória e muitos outros sentimentos verbalizados com intensidade! Óbvio que já participei de dezenas de reuniões semelhantes e quando Senadora e agora como Vereadora continuo apresentando Projetos de Lei e Propostas ao Orçamento relacionadas diretamente à temática! Pena que a politicanalha local e nacional – que sobrevive direta ou indiretamente dos bilhões de dólares do Tráfico de Drogas e da manipulação de consciências dos que nos Paraísos Químicos se distanciam do mundo real - nada faz para minimizar o gravíssimo problema!

Alguns Pais verbalizam que são favoráveis à Legalização das Drogas e apresentam como dolorosa motivação desta defesa o desespero em garantir aos seus Filhos a compra e o consumo sem vê-los sob o risco de matar ou morrer, pois já não acreditam na recuperação e tratamento dos mesmos... outros são contra a Legalização e exigem tanto Políticas Sociais em prevenção nas áreas vulneráveis socialmente e em campanhas educativas como também o duro enfrentamento estatal ao Narcotráfico! Sou totalmente sensível a esse importante debate - embora os meus Filhos (Graças a Deus!!) não tenham envolvimento com o uso de Drogas Psicotrópicas Ilícitas ou Lícitas tenho casos graves de Alcoolismo na minha Família e quando na minha infância o meu irmão mais velho (Cosme) foi brutalmente assassinado, a principal “justificativa” para a covardia foi que “ele bebia e fumava maconha” – e conheço também Famílias maravilhosas que perderam seus Filhos para as drogas além de vivenciar nas comunidades vulneráveis socialmente as imensas possibilidades de Meninas e Meninos pobres que poderiam ser grandes cientistas, professores, músicos, etc ou ainda trabalhar em simples mas dignas atividades sem a submissão à condição abjeta de mão de obra escrava do Crime Organizado!

Este ano mais uma vez estamos apresentando Propostas ao Orçamento - em Educação, Cultura, Música, Esportes, Bibliotecas, Campanhas Educativas, Centros de Recuperação e Tratamento, etc – que minimizam o risco de aumentar os exércitos de reserva do narcotráfico em exploração de Crianças e Jovens! Compartilho Artigo que publiquei sobre o assunto:

- Contra a legalização de mais drogas psicotrópicas! –

Há várias semanas atrás, em artigo publicado sobre o Alcoolismo – morbidade devastadora provocada por droga legalizada, socialmente aceita e irresponsavelmente estimulada pela livre publicidade farsante - deixei claro que a minha análise em relação ao consumo das drogas psicotrópicas não está relacionada a nenhuma orientação religiosa e muitos menos ao cínico moralismo farisaico que desprezo. Esclareço também que este artigo não tem o objetivo de promover o debate sobre liberdade de expressão... embora eu não compartilhe da hipocrisia em alardear o direito amplo, geral e irrestrito da mesma! Não sou favorável a todas as formas de liberdade de expressão, pois não sou favorável, por exemplo, a marcha de nazistas, sites de pedofilia, passeatas que promovam intolerância religiosa ou fomentem preconceitos (como racismo, homofobia, machismo, etc) e violência a grupos vulneráveis socialmente!

Alerto, entretanto que não vale à pena ler este artigo aqueles (as) que compartilham a concepção de que é necessário promover a ampliação de condições para acesso a substâncias psicotrópicas por entender que as pessoas podem livremente escolher métodos de construção de “paraísos químicos” ou “férias químicas de si mesmo e do mundo medíocre”... Da mesma forma seria perda de tempo esta leitura para aqueles que já proclamam o fatalismo da derrota diante do maldito narcotráfico e já não acreditam em nenhuma possibilidade de enfrentá-lo, seja na estruturação e combate pelo aparato repressivo seja no âmbito preventivo das políticas sociais. A minha intenção, nas poucas linhas que tenho disponível para assunto tão complexo, está relacionada ao debate nacional sobre a legalização de novas drogas psicotrópicas que atuam diretamente no Sistema Nervoso Central e alteram sua atividade de forma depressora, estimulante ou perturbadora e sempre promovendo efeitos agudos e crônicos, físicos e psíquicos.

Não estou falando “apenas” de fugir do mundo concreto para vivenciar relaxamento e diversão mesmo nas desgraças, de perda de memória de curto prazo, delírius persecutórios, alucinação, problemas respiratórios, redução de testosterona, surtos psicóticos, perturbações auditivas e visuais, náuseas e vômitos, desorientação, perda do autocontrole, convulsões, síncope cardíaca, degeneração de nervos periféricos, paralisia, amputação, depressão respiratória e cardíaca, coma, morte! Temos que lembrar também dos violentíssimos e dolorosos processos de abstinência tanto em relação ao usuário desesperado pela dependência química como para a família e entes queridos... seres humanos que se tornam capazes de matar ou morrer porque fisiologicamente seu organismo necessita da substância química! Sem esquecer que o organismo humano se torna cada vez mais tolerante à quantidade utilizada e precisa de doses cada vez maiores ou de outras drogas mais potentes para produzir os efeitos desejados.

E... não sejamos cínicos, pois estamos numa economia capitalista globalizada e capaz de promover gigantescas, livres e “criativas” redes de comércio para atingir sem risco milhões de consumidores potenciais no Brasil e assim faturar muitos bilhões de dólares a mais do que faturam hoje na ilegalidade. Depois, quando a desgraça estiver instalada, entrará a conversa fiada que gera emprego no campo, na cidade, na indústria e que economicamente arrecada dinheiro pelos impostos e que o Governo vai controlar a qualidade do produto e impedir a venda para menores de 18 anos (kkkkkk... tem que rir pra não infartar!) e outros mais blá blá blá...Ora, os Governos não conseguem nem controlar os mosquitos da dengue, nem assegurar leito hospitalar para mulheres com as mamas em neoplasias maligna apodrecidas externamente, não garantem tratamento e recuperação aos usuários de hoje imagine se serão capazes assegurar fiscalização, monitoramento e controle na comercialização do livre mercado ou o tratamento para milhares de novos usuários de drogas psicotrópicas!! No final das contas o elogiado mercado interno de massas em nosso país será o alvo consumidor, seja nas comunidades pobres e vulneráveis socialmente ou manipulando os aspectos psicológicos característicos à infância e juventude em todos os setores da sociedade ou promovendo novidades químicas entre adultos mesmo!

Minha proposta? Não legalizar e botar pra quebrar no crime organizado e no narcotráfico esteja ele onde estiver (especialmente nos Palácios de Riqueza e Poder que ganham bilhões na ilegalidade e ganharão muitos mais na legalidade!). Além da mais bela e digna proposta que há: disputar o coração e a mente de cada criança e jovem em cada metro quadrado do Brasil com educação, música, cultura, esportes... Ah! Alguém dirá... Impossível! Um outro...Romantismo ridículo! Um outro... Coisa de fundamentalismo religioso! E eu e muitos outros? Continuamos a lutar - respeitando os que honestamente defendem outro ponto de vista – mas com a persistência implacável que é necessária para enfrentar a proposta de legalização de mais drogas psicotrópicas que servirá para que a nossa juventude esteja entupida de “maravilhosos” momentos de paraísos químicos, distanciados do mundo real e incapacitados para a construção de qualquer projeto social pautado na verdadeira democracia popular!

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