domingo, 20 de setembro de 2015

Geopolítica: A tragédia Síria diante dos nossos olhos



Por Belarmino Mariano Neto 
Com imagens postadas no face book de  Laudeir Audomar, o mudo se estarrece com tanta barbárie, com tanta crueldade humana. 

Direto de Pernambuco, Laudeir Audomar  - Postou em suas suas redes sociais: "Isso está acontecendo agora. Sírios, argelianos, africanos, e muitos outros países tentando fugir pelo mediterrâneo em direção a (Europa) costas de Turquia e África estão milhares, talvez milhões de humilhados, que em algum momento tentarão cruzar as águas. O número de vidas perdidas são incontáveis, milhares dessa pessoas por não se submeter a uma outra religião, por serem cristãs, e outras milhares por não suportar a fome o caos e a opressão, sem contar inúmeras barbaridades que estão acontecendo a muito tempo antes disso, mas que agora chega ao seu ápice" Ao final apela para orações.


O mundo Árabe, Muçulmano ou Islâmico vive um pressão geopolítica internacional, pois as suas riquezas energéticas representam o ultimo fôlego estratégico para manter o sistema capitalista acesso, pois não existem saídas ambientais em curto ou médio prazo para manter um sistema ambientalmente degradador e humanamente impossível de estabelecer igualdades, fraternidades e paz mundial. Desse sistema só conhecemos a exploração e a destruição da natureza e dos povos. 
Estas imagens que seguem e que estão em quase todas as redes de noticia internacionais, são o simbolo de uma Organização das Nações Unidas ONU, omissa e a serviço dos interesses das superpotências capitalistas. Muito mais que isso, estamos diante de uma forte crise do mundo capitalista, que não consegue mais se reproduzir na mesma velocidade do que espera o mercado especulativo e de capitais. 
Também pode ser entendida como uma crise geopolítica do próprio sistema que esgarçou completamente as relações internacionais no Oriente Médio, considerando os sucessivos governos americanos do pós-guerra fria e seus aliados europeus, pois depois da queda do Muro de Berlin, desintegração da URSS, o capitalismo voltou as suas forças para o mundo Árabe há pelo menos trés décadas. Sem controle e sem saídas multilaterais, refugiados, conflitos civis cruéis e ataques do imperialismo ocidental, nos levarão ao colapso mundial. 
Os Estados Unidos estimularam a Guerra Irã X Iraque; O movimento Talibã; A Guera Iraque X Kuwait; Israel X Palestinos, e uma dezenas de outros conflitos no Oriente Médio.
São pelo menos 30 anos de intensos conflitos na região mais rica em petróleo do planeta. Essa é a geopolítica americana para o Oriente Médio, estado esgarçado, populações aflitas e governos corruptos, autoritários e ávidos por negociações bilionárias por armas e petróleo. O Capitalismo opera um jogo perigoso e os milhões de civis pagam com suas vidas, com a destruição de seus lares de suas famílias e com completa perda das esperanças em uma vida melhor.
Estamos diante os maiores avanços tecnológicos da humanidade e ao mesmo tempo, vendo ao vido, em todos os tipos de meios de comunicação, atrocidades inaceitáveis para o presente.



A jornalista Argentina Claudia Cinatti escreveu que: "A Síria se transformou em um país invivível, com uma economia colapsada e à beira da desintegração. O endurecimento da guerra civil multifacetada entre diversas frações e milícias e o regime de Assad, os bombardeios da coalizão anti-Estado Islâmico dirigida pelos Estados Unidos, e o início de uma nova guerra dentro da guerra entre a Turquia e as milícias curdas do PKK, causaram uma onda de pessoas que fogem desesperadamente frente às nada atrativas opções de morrer em algum bombardeio, ser vítimas da limpeza étnico-religiosa ou, no melhor dos casos, ficar embaixo da bota de quem tomar o controle territorial."



Alguém já esteve minimamente nessa situação? Se agarrando ao choro aos desespero de um trem amontoado de seres humanos sem tino? Todos sabemos que se trata de Refugiados, querendo abrigo, querendo atravessar uma fronteira de guerra e terror. Mas para muitas autoridades do mundo "capitalista civilizado", são apenas fugitivos. Esses termos parecem parecidos, mas de fato, são muito diferentes perante as organizações internacionais como ONU, Cruz Vermelha, OTAN, entre outras. Pois refugiados teriam direitos humanos internacionais em sua proteção. Já o fugitivo, fica vago, pode ser confundido com terrorista, como criminoso, ou fora da Lei. Quando se trata de uma pessoa nessa situação, fica fácil resolver a questão. Mas estamos falando de milhões de pessoas desamparadas e desesperadas. 



Ainda de Acordo com Claudia Cinatti: "A Síria está deslizando para a fragmentação estatal. O governo de Assad perdeu o controle pleno de 2 das 14 províncias: Raqqa nas mãos do ISIS e mais recentemente Idlib nas mãos do chamado “Exército da conquista”, uma coalizão de sunitas opostos ao Estado Islâmico. De fato só se sustenta pela colaboração das milícias xiitas sob ordens do Irã e das milícias do Hezbollah.
Simplificando, o país já está dividido em quatro zonas com fronteiras móveis e conflitos internos: o califado do ISIS, que se expande ao noroeste e ao Iraque. Até o oeste e o sul a zona controlada por frações sunitas islamitas e laicas opostas ao ISIS (o que genericamente se chamam os “rebeldes” e abarcam desde o Exército Livre Sírio até a frente Al Nusra ligada à Al Qaeda). A região do Curdistão, ao norte, conhecida como Rojava, e o território que Assad mantém na zona costeira."













Esse é o quadro mais marcante de toda a história recente de mais uma tragédia humana.


Link permanente da imagem incorporada
Fonte: Do you see it now? (via MrLukas Channel)
Enquanto a ONU for uma sucursal dos interesses das superpotências capitalistas e seus interesses geopolíticos em relação ao resto do mundo. Cenas como essas, serão cada vez mais comuns. Sem controle e sem saídas multilaterais, refugiados, conflitos civis cruéis e ataques do imperialismo ocidental, nos levarão ao colapso mundial. A luta é contra o capitalismo selvagem e internacional.


Fonte de Pesquisa e trechos desse artigo:

Claudia Cinatti - http://www.esquerdadiario.com.br/Os-Estados-Unidos-o-Estado-Islamico-e-a-crise-dos-refugiados

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