quarta-feira, 19 de junho de 2013

MANIFESTAÇÕES - "BRASIL" NAS RUAS




LUCIANA NASCIMENTO DA SILVA
(PROF. UEPB/CH/DCJ).

Quando EINSTEIN afirmou que "as teorias científicas são livres criações da mente humana", provocou o efeito: construtivo-destrutivo. Sua afirmação robustecia as novas conquistas alcançadas no universo da física. Mas também, fulminava séculos do pensamento europeu (ocidental) acerca do significado e sentido da teoria do conhecimento. A afirmação de EINSTEIN pode traduzir o sentido da revelação de um paradoxo. Ou melhor, revela a ocultação de um paradoxo. Provavelmente o paradoxo dos paradoxos. Se EINSTEIN estiver correto (razão) não há possibilidade de haver conhecimento, saber, explicação ou demonstração acerca do mundo e dos seres vivos que o habitam. Mais ainda, a própria ideia de MUNDO é liquidificada, fulminada, mas quanto a isto NIETZSCHE já escreveu longas linhas.
Em 1883, na Escola de Direito do Recife, a única que já existiu no Brasil, TOBIAS BARRETO publicava um texto intitulado "Variações Anti-sociólogicas", para construir uma crítica na afirmação de que a SOCIOLOGIA não era uma CIÊNCIA, mas sim não passava de uma FRASE, de um sonho tão bonito quanto inatingível. O denominado "Movimento Passe Livre", ganha as ruas das grandes metrópoles brasileiras. Indaga-se: por onde andavam os sociólogos que (em sequer um único momento) não escreveram alguma linha sobre o que estava para acontecer? A sociologia estava dormindo? Os sociólogos estavam assistindo a Copa das Confederações? Por quais redes sociais navegavam (curtir, compartilhar, post etc) os cientistas sociais?
Em momentos como o atual (produção político-cultural dos humanos) é que a lição de HEINZ VON FOERSTER se faz presente e inquestionável "nas ciências, a verdade é a construção de um grande mentiroso". E mais do que nunca, surgem os ensinamentos de RAFFAELE DE GIORGI, de que "o nosso mundo do saber é menor do que o mundo do não-saber".
Por onde andavam os teóricos sociais, os cientistas políticos, os sociólogos, os historiadores, os intelectuais pós-modernos de plantão? Pense num universo da picaretagem são as ciências sociais.

Luciano Nascimento Silva (Professor UEPB)

Opiniões:

Albiege Fernandes Inquieto, lúcido e produtivo Luciano Nascimento Silva , sacudindo o leito e perturbando o sono dos gurus da Sociologia.“Antigos gurus, velhas fidelidades, lideranças carismáticas, crenças ideológicas, talvez seja preciso o advento de uma geração nova para que tudo isso venha a ser, afinal, arquivado.” (Fernando Pedreira, O Quebra-Cabeças, p. 33.) Bravo professor!

Allan Jones A construção de um pensamento sociológico acerca do momento político-social brasileiro, que vem sendo rabiscado há muito tempo, deveria ter sido alvo de constantes debates (alfinetando os políticos, aguçando a visão crítica da população e incentivando o interesse pela efetivação dos direitos fundamentais e por espaços de participação democrática mais claros e influentes), provocando um agir fluente reivindicador. Como tais discussões praticamente inexistiram ou foram pouco influentes, a população permaneceu por muito tempo sentindo as dores dos problemas políticos, se inflando, sem, contudo, utilizar nenhuma válvula de escape... Agora, muitas pessoas começam a atentar que podem se mobilizar e questionar a efetivação de uma série de políticas públicas, até então negadas; que podem criticar as políticas governamentais, entre outras. Vejo o movimento como uma manifestação extremamente interessante, mas que precisa se direcionada sob um viés pacífico (sem depredações, saques, etc.)

Belarmino Mariano Neto Colaborando com as argumentações do professor Luciano Nascimento Silva, mas apresentado outros argumentos, me acosta a BAKUNIN, pois pude perceber uma forte presença de bandeiras pretas, de gritos de ordem tipicamente anarquistas e anti-capitalista, ante globalização. Bakunin, também afirma sobre essa ideia de espírito criador e de destruição. Acho que os anarquistas, talvez sejam os mais críticos ao modelos de sociedades costurados pelas linhas do liberalismo, agora pós-neo-liberalismo, pois quando o sistema entra em crise, muitos pensam que ficaremos reféns do sistema. As redes sociais e a ferramentas de comunicação desse sistema, tem nos permitido, ações práticas incontestáveis. As mídias, mesmo sob o controle ideológico dos donos e mandos do capital, não acompanham a mente humana, em seus atos protagonistas, mobilizadores, autorais, para além de sindicatos, partidos e outros tipos de organizações obedientes aos ditames do estado e dos governos de plantão. Podemos dizer que estamos vivendo uma nova comunicação social, multidifusa, autoral e ativista que transborda e se derrama pelas avenidas desse país, que inicialmente se coloca como pacífica, mas não é passiva, pois quando acuada ou agredida com truculência, responde com pal e pedras aos moldes dos palestinos. Como dizem, é a volta dos mortos vivos!

Andrea Re L’aspirazione alla conoscenza ha reso possibili le più grandi conquiste del genere umano. Ma l’uomo dovrebbe anche riconoscere i propri limiti. Darsi un posto all’interno dell’Universo (dove siamo solo un granello di sabbia) senza farsi condizionare dalle religioni. E poi prendersi il tempo per osservare il mare, le nuvole, un bambino giocare o guardare una partita della Confederation Cup. Da inesperto dico che le “non scienze” sociologiche hanno solo cercato di spiegare gli effetti dei comportamenti umani e non le cause o, ancor meglio, le possibilità di migliorarne la qualità di vita.A aspiração ao conhecimento possível maiores conquistas da humanidade. Mas o homem também deve reconhecer seus próprios limites. Ter um lugar dentro do universo (onde nós somos apenas um grão de areia), sem serem influenciados por religiões. E, em seguida, tomar o tempo para observar o mar, as nuvens, uma criança jogando ou assistindo a um jogo da Taça da Confederação. De inexperiente, vai dizer que o "não-Ciências" sociológicos só tentaram explicar os efeitos do comportamento humano e não as causas ou, melhor ainda, a chance de melhorar sua qualidade de vida. (Traduzido pelo Bing)*todas as opiniões públicas encontram-se no face do autor, citado no inicio.

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