Imagem de Leandro paiva em capa do facebook, 2013. |
Dissertação de Mestrado:
A luta pela terra sempre esteve presente nos embates
políticos no Brasil assumindo formas e contornos diferentes ao longo do tempo
histórico. Temos como exemplos: a luta dos indígenas para resistir à
apropriação de suas terras pelos europeus no período da colonização; a luta das
comunidades quilombolas, em que a liberdade passava diretamente pela
apropriação de um território; a luta dos arrendatários contra o pagamento da
renda, como no caso das Ligas Camponesas em meados do século XX; a luta de
resistência dos moradores e posseiros para continuar a viver e trabalhar na
terra e a luta dos trabalhadores sem terra por um pedaço de chão.
As formas de luta do século XX e XXI representaram e
ainda representam o enfrentamento da classe trabalhadora à dominação e a
exploração do capital latifundiário e do agronegócio (este, no mais das vezes,
confundido e integrado ao capital latifundiário) e trazem no seu bojo a
bandeira de luta pela reforma agrária.
A discussão sobre a reforma agrária ressurge no Brasil,
em meados do século XX, numa clara manifestação da importância da agricultura,
da posse da terra e das relações de trabalho no campo no processo de formação
de nossa história. Os problemas referentes à questão agrária estão
relacionados: a) à propriedade da terra, particularmente ao seu caráter privado
e à sua concentração; b) aos processos de expropriação, expulsão e exploração
dos camponeses e assalariados; c) à violência contra os trabalhadores; d) à
produção, ao abastecimento e à segurança alimentar; e) aos modelos de
desenvolvimento da agropecuária e seus padrões tecnológicos; f) às políticas
agrícolas e ao mercado; g) à qualidade de vida e à dignidade humana. Por tudo
isso, a questão agrária compreende as dimensões econômica, social, cultural e política.
Dissertação completa: http://www.geociencias.ufpb.br/posgrad/dissertacoes/leandro_paiva.pdf
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