por Jefferson Moura
O terrorismo, o vanguardismo, a ação autoritária travestida de heroísmo autônomo — seja com máscaras ou fardas — atentam contra a democracia. A democracia é de valor universal (COUTINHO, 1979). A praça, como espaço público, é do povo e não podemos recuar. Não podemos ceder aos que se apropriam da defesa do Estado de direito para defender os podres poderes, nem condescender com os que patrocinam ataques a caixas eletrônicos e latas de lixo para derrubar o capitalismo.
A tragédia anunciada, que vivenciamos esta semana, não favorece a formação de movimentos de massas, não mobiliza as pessoas, nem contribui para a formação de uma consciência crítica. Pelo contrário, criam as bases para se propagar o medo, para afastar da luta o povo e abrir espaços de legitimação para a reação conservadora e hipócrita, “em nome da ordem e da paz de todos”. Nosso país viveu movimentos de milhões nas ruas em nossa história recente. Ruas que se transformaram em espaços da unidade na diversidade, de luta em defesa da democracia e pelo fim da ditadura.
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