sábado, 31 de março de 2012

Memorial das Ligas Camponesas


De acordo com o professor Antônio Pereira, foi confirmada a presença dos companheiros de Engenho Galileia e do Maestro Geraldo Menucci, compositor do Hino das Ligas Camponesas gravado em 1960. A letra é de  Francisco Julião. Graças à articulação do historiador Felipe Galinos/PE, o maestro Geraldo Menucci, 93 anos, estará presente em Sapé da Paraíba no ato público do dia 02 de abril, por ocasião do cinquentenário do assassinato de João Pedro Teixeira.
Adeildo Vieira, músico e compositor paraibano e o maestro Luiz Carlos estarão se reunindo neste domingo com alguns cantores do coral Voz Ativa para aprender o Hino do Camponês que será cantado com o Maestro Geraldo Menucci

Ele ainda destacou testemunhos sobre João Pedro: 

"Pobre, preto, teimoso, um homem da verdade que não gostava da mentira. Mataram ele à traição, ali, na cruzinha... Quando o Dr. Renato Ribeiro Coutinho tentou comprá-lo, ele disse: ‘Que adianta eu ganhar um milhão de reais, ter meus filhos todos de barriga cheia e ver os filhos dos meus companheiros morrendo de fome? (Antônio Pedro Eugênio).

Ele via a fome do povo. Para ele, a Reforma Agrária tinha que ser radical, tinha que ser arrancado o latifúndio pela raiz (Severino Guilhermino de Souza);

Era um artista. Pegava uma pedra enorme e deixava feito sua cara. Um matuto do campo, com firmeza nas suas atitudes... Decidido nas suas ações. Nunca teve a intenção dúbia (Elias Pereira) 

Do livro Consulta Popular (2002)

 Enviado pelo Músico Adeildo Vieira a partir dos seus arquivos pessoais, segue abaixo a letra do HINO DO CAMPONÊS.
Letra – Francisco Julião
Música – Geraldo Menucci
Companheiros, irmãos de sofrimento,
Nosso canto de dor sobe da terra.
É a semente fecunda que o vento
Espalha pelo campo e pela serra
Estribilho;

A bandeira que adoramos,
Não pode ser manchada,
Com o sangue de uma raça,
Presa ao cabo da enxada.

Não queremos viver na escravidão,
Nem deixar o campo onde nascemos.
Pela terra, pela paz e pelo pão,
Companheiros, unidos , venceremos.

Estribilho;

Hoje somos milhões de oprimidos,
Sob o peso terrível do cambão.
Lutando nós seremos redimidos;
A REFORMA AGRARIA É A SALVAÇÃO

Estribilho;

Nossas mãos têm calos de verdade,
Atestando o trabalho honrado e duro.
Nossas mãos procuram a liberdade
E a glória do Brasil para o futuro.

Estribilho;

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