Figura - Categorias Essenciais da Gegrafia - Esquema do Prof. Belarmino Mariano Neto, 2006.
(Autora): FERNANDA DANNIELLY SOUZA ARAÚJO
Introdução
Durante as aulas de Teoria da Geografia, no Centro de Humanidades
da UEPB, em Guarabira/PB, foram abordadas discussões baseadas em livros
escolhidos pelos próprios alunos, o que nos deu liberdade para escolhermos o
assunto que mais nos interessasse. Orientados pelo professor Belarmino Mariano
Neto, usamos como base teórica a linha de estudo ESPAÇO – TEMPO – SOCIEDADE –
NATUREZA, e o mesmo não poderia usar citação melhor que: “O
homem é a natureza adquirindo consciência de si próprio” (RECLUS, In:
ANDRADE,1985), citação esta que resume todo e qualquer tema abordado, uma vez
que sendo parte da natureza, o homem/natureza/sociedade que por si,
modifica-se, declina-se e edifica-se.
Livros como “A Educação Para Além
do Capital” (MÉSZÁROS, 2005), “Economia Espacial” (SANTOS, 2003), “Reflexões Sobre Teoria e Critica em Geografia” (GOMES, 1991), “A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra” (LACOSTE, 1988), “A Questão Agrária
no Brasil” (MENDONÇA, 2010), entre
outros, foram analisados e discutidos, se não a obra completa, pelo menos um ou
mais capítulos das mesmas.
Em sua maioria, as obras discutidas em aula, sempre acabavam nos
motivando a falar sobre a luta de classes, o capitalismo, o meio ambiente,
cultura, sobre a ação do homem sobre a natureza, o conhecimento escolar,
conhecimento da vida. Estas discussões serão de suma importância para a nossa
vida acadêmica, levando em consideração que a maioria dos livros eram teorias voltadas
a Geografia, como ciência; e a prática do ensino geográfico, como disciplina,
mas também têm grande importância para nossa vida fora da universidade, levando
em conta o amplo conhecimento que tivemos acerca das mazelas que cercam a
sociedade, mas também teorias esclarecedoras de como a práxis geográfica pode
ser aplicada a esses problemas.
Aqui, uma breve análise do livro discutido por mim, A educação
para além do capital, onde o autor, Stiván Mészáros (2005), critica a forma
como deixamos o capitalismo atuar na nossa vida, fazendo com que a vivamos no
intuito de obter um trabalho, estudando, só e somente só, para essa destinação:
O mercado de trabalho, indagando, segundo Marx, se a aprendizagem conduz a auto
realização dos indivíduos como indivíduos socialmente ricos, e ainda, se o
conhecimento é o elemento necessário para transformar em realidade o ideal da
emancipação humana, ou seja, se a educação, somente para chegar ao mercado,
limitando assim o período da educação institucionalizada. Não esquecendo que, tão
importante quanto esse conhecimento acadêmico ou até mais importante que o
mesmo, é a educação e o conhecimento para a vida, o conhecimento de mundo
segundo nossas próprias visões, o direito de não apenas “decorar”, mas de
aprender para viver, segundo Mészáros (2005), nós vivemos o que alguns chamam
de “novo analfabetismo” – porque é capaz de explicar, mas não de entender.
Assim, podemos concluir que, como este acima,
os livros debatidos têm sua importância não só para chegarmos ao mercado de
trabalho, mas de entender mais sobre a vida, sobre a geografia e sua atuação
(na vida), sobre a necessidade de ter conhecimento não só acadêmico, mas VIVIDO,
para a obtenção de êxito na vida.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Manuel Correia de (org).
Elisée Reclus. Geografia, coleção Grandes cientistas
sociais. São Paulo: Ática, 1985.
GOMES, Horieste. Teoria do conhecimento. In:________. Reflexões sobre teoria e critica em
geografia. Goiás: CEGRAF/UFG,
1991, p.17-27.
LACOSTE, Yves. A geografia – isso serve, em primeiro lugar
para fazer guerra. Tradução Maria Cecília França – Campinas, SP: Papirus,
1988.
MENDONÇA,
Sônia Regina. A questão agrária no Brasil: a classe dominante agrária –
natureza e comportamento 1964 \ 1990; 2°.ed.São Paulo: Expressão Popular, 2010.
MÉSZÁROS, Istvan. A
Educação para além do Capital. São Paulo: Bom tempo, 2005.
SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. 5°ed., São Paulo:
editora da universidade de São Paulo, 2008.
SANTOS, Milton. Economia
espacial: críticas e
alternativas. São Paulo:
Hucitec, 1979.
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