Por: Jorgan Estevão
Câmara aprova inclusão de João Pedro Teixeira no rol de heróis da pátria. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou em 19 de julho o Projeto de Lei 3700/12, do deputado Valmir Assunção (PT-BA), que inscreve o nome de João Pedro Teixeira no Livro dos Heróis da Pátria.
A proposta, que havia sido aprovada pela Comissão de Cultura em 2012, segue para o Senado.
João Pedro Teixeira foi um líder campesino, assassinado com três disparos em 1962, vítima de uma emboscada planejada por latifundiários paraibanos. Ele foi responsável por fundar a primeira liga camponesa na Paraíba. Sua atuação em defesa dos trabalhadores rurais no Nordeste o aproxima da história do acreano Chico Mendes, que ganhou notoriedade por batalhar em defesa do seringal e do meio ambiente na região amazônica.
As Ligas Camponesas foram criadas inicialmente como associações e tinham objetivos definidos: prestar assistência social e defender direitos de arrendatários, assalariados e pequenos proprietários rurais.
Nascido em 04 de março de 1918, no distrito de Pilõezinhos, município de Guarabira a 90 quilômetros da capital paraibana, João Pedro Teixeira foi um ativo militante das causas camponesas no final dos anos 50. Ele foi casado com Elisabeth Teixeira, com quem teve 11 filhos.
O Livro dos Heróis da Pátria também é conhecido como “Livro de Aço”, referência ao material em que é confeccionado. Ele está exposto no Panteão da Pátria, em Brasília, e homenageia brasileiros que tenham oferecido a vida à Pátria. Entre os nomes já inscritos no livro estão o de Tiradentes, Zumbi dos Palmares e Santos Dumont.
Comentários do prof. Belarmino Mariano
Nada mais justo, pois estamos diante dos mais de 50 anos do seu assassinato. Alusivo a este fato, O jornalista Nonato Nunes, publicou o livro João Pedro Teixeira : Um mártir do Latifúndio. A obra foi apresentada pelo prof. Belarmino Mariano Neto da UEPB, que destaca a importância do livro, pois cada obra escrita guarda em si muitos significados, mas quando esse livro trata da vida de um líder camponês em franca luta sociopolítica para transformação da realidade, a obra se reveste de mais significados e valores. Quando convidados para prefaciar o documentário jornalístico produzido por Nonato Nunes, que redimensiona os cinquenta anos de assassinato do líder camponês João Pedro Teixeira, sabemos que as dimensões espaço-tempo se misturam ao ponto da unidade dimensional de um dos mais importantes fragmentos da História dos movimentos sociais no campo e em especial do Nordeste brasileiro, pois as Ligas Camponesas, como um movimento inicialmente voltado para o campo, ganhou contornos urbanos e chegou ao ápice ao reunir milhares de camponeses em torno de um movimento organizado com vistas a transformar as estruturas de poder reinante em nosso país.
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